IV – A ETNOGRAFIA LOCAL, REGIONAL E COLONIAL
- ETNOGRAFIA LOCAL
Pelos anos 30 o turismo era incipiente!
A deslocação das pessoas era difícil, incómoda e exigia grande gasto de tempo!
Automóvel próprio era “bicho”, praticamente desconhecido!
O Dr. Formosinho, partindo do princípio de que quem visitava o Museu não teria, de modo geral, facilidade de locomoção para apreciar consecutivamente outras zonas da Província, resolveu empenhar-se na constituição de uma secção onde “a educação, a cultura e o fomento da região” ficassem definidos.
Ganhou então particular relevo a etnografia da região que permitia ao visitante ter uma ideia do Algarve e do seu artesanato.
E começou pelas fainas da gente do campo e do mar daqui de Lagos:
a agricultura a pesca
os barcos e os apetrechos
“o almanxar”,a “tulha”e a cabana dos guardas,(seca de figos e amêndoas)
o burro da água
e a nora mourisca
“a traineira armando o cerco à sardinha”
com o trajo algarvio, moendo o milho para as papas de “xarém”
“descansando” no fim do dia à porta de casa,mas:
Os covos para lagosta,para polvos e para moreias
a carreta,o carro de mula,o carro de canudo, a carrinha e o carro da água
(pormenores)
modelos de “artes e ofícios” do Algarve
da fábrica de MÁRMORES existente em Lagos
- ETNOGRAFIA REGIONAL DO ALGARVE
Entretanto como, para além de Lagos, também Monchique, Estômbar, Lagoa e Silves iam colaborando, desde o início, na criação de uma etnografia regional, esta foi-se desenvolvendo normalmente e acabou por ficar bem patente no Museu Regional de Lagos.
Assim, por exemplo :
diferentes tipos de chaminés algarvias (i.e.,só com telha e ladrilho)
obra-prima de cortiça exclusivamente recortada a canivete e tesoura (de Silves)
as esteiras de funcho, de cana, de tabúa,as cestas e os ceirões utilizados no almanxar
(passe s.f.f. o cursor por cada foto para saber de que se trata)
trabalhos de fim de curso (renda de bilros) feitos por alunas da Escola Industrial Vitorino Damásio (Lagos)
* * *
Já depois da morte do Dr. Formosinho foi inaugurada uma maqueta com as dimensões de 1,40x1,70 m2 que representa uma aldeia imaginária, “A SENHORA DO FORTE”, manifestação pública de amor à sua Terra e ao seu Museu, de um Artista Lacobrigense, PEDRO REIS !
Representa, diz o autor: “uma aldeia do Sul de Portugal, mais propriamente do Algarve, zona do Barlavento e onde quis deixar perdurada uma imagem e uma forma de viver que quase já não existem, porque a pouco e pouco têm sido destruídas em nome de um falso progresso que muitas vezes destrói o velho, sem ter possibilidade de construir novo e melhor.”
- ETNOGRAFIA COLONIAL
São impressionantes a quantidade e a qualidade de objectos oferecidos ao Museu, por lacobrigenses (e não só) que viveram grande parte das suas vidas no antigo Ultramar Português, africano e asiático !
Vejam só :
Que os visitantes deste blogue que viveram por África ou Ásia . . . “matem saudades” !
E até às Artes Plásticas, se Deus quiser !
Olá, parabéns pelo excelente trabalho! Queria lhe perguntar se poderia utilizar as suas fotos dos artigos de etnografia algarvia para uma página que estou a construir no facebook. Obrigada e cumprimentos
ResponderEliminarOlá, parabéns pelo excelente trabalho! Queria lhe perguntar se poderia utilizar as suas fotos dos artigos de etnografia algarvia para uma página que estou a construir no facebook. Obrigada e cumprimentos
ResponderEliminarMuito boa tarde! Parabéns pelo trabalho excelente! Venho inclusivamente pedir lhe atenciosamente se poderei utilizar as imagens de artigos de etnografia algarvia para uma página que estou a construir no facebook e inclusivamente no meu blog. obrigada e cumprimentos!
ResponderEliminar