QUINTA DA ABICADA, na freguesia de N.ª S.ª da Conceição, conc. de Portimão, no Algarve, a 7 quil. e meio da cidade de Portimão, e 10 quil. e 600 metros da cidade de Lagos; situada na confluência das ribeiras do Farelo e da Senhora do Verde.
ROMANO. José Formosinho, fundador do Museu Regional de Lagos, explorou, em 1938, as ruínas de um grande edifício, constituído por três corpos, com um comprimento total de 54 metros e uma largura superior a 25, pois há uma parte em que esta se prolonga até limite não averiguado. Segundo a descrição de Formosinho, o magnifico edifício era uma grande villa de luxo. O corpo central, onde parece ter sido a principal entrada (prothyrum), ostentava ao meio um impluvium rodeado de atrium e cinco cubicula, em disposição hexagonal. O corpo da esquerda, ou seja, de Poente, visto que a fachada principal está voltada para Sudoeste, tem ao centro um peristilum cercado de colunas e em volta um ambulacrum, tudo enquadrado em mais sete compartimentos, com diversas comunicações entre si.
O corpo de Nascente, do qual se conservavam 10 ou 12 divisões, era possivelmente destinado a serventuários e escravos, celeiros, cozinha e outras dependências.
Ao todo, contava este palácio campestre mais de 30 compartimentos. Os pavimentos dos corpos central e ocidental são revestidos de magníficos mosaicos e tinham as paredes ornadas de frescos. No corpo oriental só um dos pavimentos era de opus tesselatum, havendo outro totalmente pavimentado a tijolo. Os mosaicos cobrem uma superficie de mais de 600 metros quadrados, predominando neles os ornatos geométricos e as flores estilizadas, com cercaduras de tranças. Alguns ornatos eram de tesselas vítreas, azuis, verdes e vermelhas. Infelizmente arrancadas por visitantes daninhos, amadores de recordações inúteis. (…)
ROMANO. José Formosinho, fundador do Museu Regional de Lagos, explorou, em 1938, as ruínas de um grande edifício, constituído por três corpos, com um comprimento total de 54 metros e uma largura superior a 25, pois há uma parte em que esta se prolonga até limite não averiguado. Segundo a descrição de Formosinho, o magnifico edifício era uma grande villa de luxo. O corpo central, onde parece ter sido a principal entrada (prothyrum), ostentava ao meio um impluvium rodeado de atrium e cinco cubicula, em disposição hexagonal. O corpo da esquerda, ou seja, de Poente, visto que a fachada principal está voltada para Sudoeste, tem ao centro um peristilum cercado de colunas e em volta um ambulacrum, tudo enquadrado em mais sete compartimentos, com diversas comunicações entre si.
O corpo de Nascente, do qual se conservavam 10 ou 12 divisões, era possivelmente destinado a serventuários e escravos, celeiros, cozinha e outras dependências.
Ao todo, contava este palácio campestre mais de 30 compartimentos. Os pavimentos dos corpos central e ocidental são revestidos de magníficos mosaicos e tinham as paredes ornadas de frescos. No corpo oriental só um dos pavimentos era de opus tesselatum, havendo outro totalmente pavimentado a tijolo. Os mosaicos cobrem uma superficie de mais de 600 metros quadrados, predominando neles os ornatos geométricos e as flores estilizadas, com cercaduras de tranças. Alguns ornatos eram de tesselas vítreas, azuis, verdes e vermelhas. Infelizmente arrancadas por visitantes daninhos, amadores de recordações inúteis. (…)
ABEL VIANA - Brotéria - 1954