terça-feira, 22 de junho de 2010

4 – A CONSTRUÇÃO, PASSO A PASSO, DE UM MUSEU EM LAGOS

IV – A ETNOGRAFIA LOCAL, REGIONAL E COLONIAL

  • ETNOGRAFIA LOCAL

Pelos anos 30 o turismo era incipiente!

A deslocação das pessoas era difícil, incómoda e exigia grande gasto de tempo!

Automóvel próprio era “bicho”, praticamente desconhecido!

O Dr. Formosinho, partindo do princípio de que quem visitava o Museu não teria, de modo geral, facilidade de locomoção para apreciar consecutivamente outras zonas da Província, resolveu empenhar-se na constituição de uma secção onde “a educação, a cultura e o fomento da região” ficassem definidos.

Ganhou então particular relevo a etnografia da região que permitia ao visitante ter uma ideia do Algarve e do seu artesanato.

E começou pelas fainas da gente do campo e do mar daqui de Lagos:

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a agricultura a pesca

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os barcos e os apetrechos

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“o almanxar”,a “tulha”e a cabana dos guardas,(seca de figos e amêndoas)

O burro da água

o burro da água

nora mourisca

e a nora mourisca

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“a traineira armando o cerco à sardinha”

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com o trajo algarvio, moendo o milho para as papas de “xarém”

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“descansando” no fim do dia à porta de casa,mas:

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Os covos para lagosta,para polvos e para moreias

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a carreta,o carro de mula,o carro de canudo, a carrinha e o carro da água

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(pormenores)

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modelos de “artes e ofícios” do Algarve

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da fábrica de MÁRMORES existente em Lagos

  • ETNOGRAFIA REGIONAL DO ALGARVE

Entretanto como, para além de Lagos, também Monchique, Estômbar, Lagoa e Silves iam colaborando, desde o início, na criação de uma etnografia regional, esta foi-se desenvolvendo normalmente e acabou por ficar bem patente no Museu Regional de Lagos.

Assim, por exemplo :

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diferentes tipos de chaminés algarvias (i.e.,só com telha e ladrilho)

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obra-prima de cortiça exclusivamente recortada a canivete e tesoura (de Silves)

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as esteiras de funcho, de cana, de tabúa,as cestas e os ceirões utilizados no almanxar

(passe s.f.f. o cursor por cada foto para saber de que se trata)

cestas e capachosceirões e cestas

esteira funchoesteira de canaesteira de funchoesteira de tabúa

Monchique

Mvc-009sMVC-020SMvc-010sna casa dos velhotes

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trabalhos de fim de curso (renda de bilros) feitos por alunas da Escola Industrial Vitorino Damásio (Lagos)

Mvc-022sCasa do Povo de EstômbarMVC-023S Cobres de LagosMVC-024S

Cerâmica artesanal de LagoaMVC-040SMVC-041S

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* * *

Já depois da morte do Dr. Formosinho foi inaugurada uma maqueta com as dimensões de 1,40x1,70 m2 que representa uma aldeia imaginária, “A SENHORA DO FORTE”, manifestação pública de amor à sua Terra e ao seu Museu, de um Artista Lacobrigense, PEDRO REIS !

Representa, diz o autor: “uma aldeia do Sul de Portugal, mais propriamente do Algarve, zona do Barlavento e onde quis deixar perdurada uma imagem e uma forma de viver que quase já não existem, porque a pouco e pouco têm sido destruídas em nome de um falso progresso que muitas vezes destrói o velho, sem ter possibilidade de construir novo e melhor.”

Aldeia do ForteO caminho de ferro

Praça do coreto

  • ETNOGRAFIA COLONIAL

São impressionantes a quantidade e a qualidade de objectos oferecidos ao Museu, por lacobrigenses (e não só) que viveram grande parte das suas vidas no antigo Ultramar Português, africano e asiático !

Vejam só :

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Que os visitantes deste blogue que viveram por África ou Ásia . . . “matem saudades” !

E até às Artes Plásticas, se Deus quiser !