segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ALCALAR e o Dr. José Formosinho

  ALCALÁ   ou   ALCALAR

Sítio na Freguesia da Mexilhoeira Grande onde se encontram os mais perfeitos monumentos pré-históricos do Algarve (Antiguidades Monumentais do Algarve (A.M.);  I - 213 a 239;  III – 131 a 251).

O nome árabe é  ALCALÁ ; em A.M., vol. III, pagª 131 pode ver-se alçado e planta desta estação clássica da época de transição para os metais;  a descrição  do início dos trabalhos de campo pode ler-se nas folhas da caderneta de campo do Dr.  Formosinho e que a seguir se apresentam:

 

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As seguintes fotos  mostram a descoberta da cripta assim como a continuação da galeria de modo a que em Janeiro de 1932 já era possível estudar-se e verificarem-se as formas das suas construções

 

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(desenho existente no “Museu  Regional de Lagos” , hoje Museu Dr. José Formosinho)

 

Vejamos então a sequência dos trabalhos de campo do Dr. J. Formosinho, pelas suas fotos de trabalho e  pelos seus cadernos de campo com as respectivas anotações respeitantes aos diversos túmulos trabalhados.

     TÚMULO  Nº  1 (antes)

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PRINCÍPIO DA CRYPTA DO 1                                                                                       

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  TÚMULO  Nº  1 (depois)   

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Grande cilindro, no Monte Canelas – Alcalar, com cavidades laterais e muitos vestígios romanos.  Foi escavado   até 1 metro de profundidade, continuando ainda enterrado.

 

 

 

 

 

 

     Nº 2 – Vidigal Velho           

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Nº 2 - Começo da galeria

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Nº 3 – Estado inicial

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Nº – 4 (como se encontrava)

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                                 Nº 7 – antes da desobstrução

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            E agora

SCAN0058 Desobstruindo

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Acabou assim o Dr. Formosinho por descobrir ainda mais 5 dolmen-sub-tumuli, embora só um tenha fornecido alguns objectos bastante interessantes da época neolítica (Agº/Setº/1933) e de cuja entrada no Museu se podem destacar, com os respectivos registos  :

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Refira-se o interesse do objecto registado com o n.º 208, lâmina lavrada em ouro, da época neolítica e salientem-se os machados, o almofariz ou  graal de pedra, a pedra amuleto e um possível ídolo de xisto.

Leia-se agora o que sobre ALCALAR  foi comunicado para o “SEMINÁRIO DE ARQUEOLOGIA DE LA UNIVERSIDAD DE SALAMANCA” em 1953, na  “HOMENAJE A CESAR MORAN BARDON”, por Abel VIANA, José FORMOSINHO e O. da VEIGA FERREIRA :

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                                                                               com as seguintes imagens e estampas:

 

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1 comentário:

  1. Felicito a família do Dr. Formosinho pela divulgação desta documentação que espelha muito do quotidiano deste ilustre arqueólogo lacobrigense. Só hoje, através do Rui Formosinho, tive conhecimento deste blog que felicito! Fixa-se asim a memória de um homem que foi persistente no estudo e investigação e que lutou com dignidade pelo património histórico. Regista-se também os dissabores da incúria e negligência dos poderes instituídos e das redes de interesses, que neste país se têm sobreposto sempre aos verdadeiros interesses da cultura. Adorei especialmente as imagens dos caderninhos de campo: os primeiros registos de um investigador emocionado com a sua descoberta ... obrigada!
    Glória Paula

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